Acordamos, tomamos um ótimo café da manhã, colocamos as bagagens no carro e pegamos a estrada...
A Poly saiu dirigindo, e assim que saímos de Foz, já enfrentamos a primeira blitz da polícia rodoviária. Havia vários policiais na pista e fomos abordados com uma amigável frase: “o que que esse carro de Brasília está fazendo aqui?” e logo nos mandou encostar. Eram 3 policias. Um deles bateu na lataria do carro (provavelmente em busca de algum material oculto), o outro olhou dentro do carro, enquanto o terceiro (aparentemente o superior), muito simpático, nos cumprimentou com um aperto de mão e novamente disse a mesma frase, só que agora diretamente pra gente. Respondemos que estávamos vindo do Chile e entregamos os passaportes, na mesma hora os 3 ficaram muito interessados na nossa viagem. E eles conversaram muito e fizeram muitas perguntas, provavelmente para comprovar a nossa versão. A Poly estava um pouco nervosa e quando ele perguntou quais cidades havia conhecido no Chile, ela não lembrou os nomes, só disse a “capital” rsrsrsrs. O André disse Pucón, e acrescentou que escalamos o vulcão, aí eles ficaram doidos e quiseram saber mais dessa história. Nos perguntaram o que trouxemos do Chile e respondemos vinhos. Aí nos perguntou o que fazíamos, a Poly respondeu que era zootecnista e o André que era biólogo, funcionário da Embrapa, apontando para o adesivo do carro. A aparente superior juntou toda a documentação que estava com eles e nos entregou dizendo que estávamos liberados.
Seguimos viagem. Depois de alguns poucos quilomentros, passamos por outro posto da polícia rodoviária federal, só que dessa vez não havia nenhum policial na pista. Ficamos distraídos com a quantidade de carros batidos no pátio e seguimos. A Poly estava dirigindo bem devagar.
Assim que passamos, ela percebeu que 2 policiais atravessaram a pista correndo em direção à viatura e começou a relatar o que via para o André. “amor, tem 2 policiais correndo na pista...” aí o André “deixa eles...” “amor, eles entraram no carro...” aí o André “ deixa eles, segue devagar...” “amor... eles estão vindo atrás da gente...” novamente o André “então encosta o carro!”
Na mesma hora, o carro da polícia encontou atrás. O policial dessa vez mais seco e sério pediu a documentação. A Poly, entregando a documentação perguntou se eles haviam mandado parar no posto e ele disse “não senhora, abre lá trás por favor”. Abrimos o porta mala e ele verificou que havia travesseiros, edredom e malas. Falamos que estávamos vindo do Chile e mostramos o passaporte, mas ele nem quis checar, e nos liberou.
Percebemos que a polícia estava mesmo a procura de traficantes e contrabandista e que não era o nosso caso.
Então o Poly entregou o carro para o André e dormiu. Dormiu muito... Passaram diversos postos policiais, mas não fomos mais parados.
Seguimos tranquilamente a nossa viagem e só paramos para dormiu às 22:30h em Prata (próximo de Uberlândia). Comemos uma feijoada e fomos dormir.